quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Nada é estático". Heráclito de Éfeso é considerado o mais obscuro dos pré-socráticos

Muitos consideram esse filósofo pré-socrático, Heráclito de Efêso (540 a.C.) pai da dialética, mas o pensamento de Heráclitiano é muito mais que isso, um pensamento sintético que nos leva a múltiplos desdobramentos para interpretação de seus fragmentos, ao todo 126. Assim como a maioria dos pré-socráticos, ou pensadores originários como preferem Nietzchie e Heidegger, Heráclito deixou apenas fragmentos o que não diminui sua filosofia. Sua doutrina se estrutura no Logos (leghein), na sintonia com o Logos. O Logos para Heráclito é a totalidade do existente, uma força que junta, uni todas as coisas que existem. Uma força de reunião dos contrários que de algum modo se co-relacionam. Essa reunião dos contrários seria a razão, a sintonia, a harmonia do Logos de Heráclito, considerado o primeiro pensamento sob estruturas dialéticas. Enquanto a filosofia de Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo, a Arché, princípio primeiro que rege o Cosmo, é a água, para Heráclito é o fogo. Todas as coisas originam e sucumbem-se do fogo. O Cosmo nasce e se consuma do fogo. O fogo esquenta, mas o que esquenta, esfria, essa é a reunião dos contrários se co-pertencendo; o frio é a outra dimensão ou fase do que era quente e o quente é a outra dimensão do que era frio; a luz só existe por causa da escuridão, assim como o som existe por causa do silêncio, essas antíteses estão o tempo todo se relacionando entre si.
Outra característica do pensamento de Heráclito de Efêso é que tudo está em movimento. Nada é estático. O principio fundamental do universo é o devir, que são contínuas transformações. As coisas estariam em perene mudança, sempre em movimento. É atribuído ao filósofo o fragmento “Ninguém entra duas vezes no mesmo rio”, pois as águas do rio nunca serão as mesmas, sempre estão em movimento, transformação e renovação, o rio é e não é o mesmo, percorre seu caminho e outras águas virão e novamente irão e o ser que entra no rio também se modifica biológica e intelectualmente, as pessoas estão em mudança, também não são estáticas, transformam-se.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mariana Aydar Lança 2° cd de inéditas


O primeiro cd de Mariana Aydar, Kavita 1, lançado em 2006, rendeu-lhe elogios da crítica que a considerou revelação da moderna música brasileira. Com essa responsabilidade a cantora acaba de lançar seu segundo disco, Peixes, Pássaros Pessoas, pela Universal, com o mesmo perfil do primeiro: o samba na ala de frente, com espaço para o baião e jazz. São treze faixas de músicas inéditas, cuja três Mariana mostra sua vertente para compor, sob o pseudônimo Kavita, em Palavras Não Falam, Aqui em Casa e Tudo Que Eu Trago no Bolso. Segundo Mariana, que é filha de Mário Manga e da produtora musical Bia Aydar, o disco é muito autoral e autobiográfico, por isso as composições foram feitas sob encomenda a músicos selecionados a dedo, entre eles, Duani, seu namorado, que co-produziu o disco e assina sete canções e o músico Kassin, além de contar com composições de Roberta Sá e Pedro Luis. Nas parcerias vocais Mayra Andrade e Zeca Pagodinho dividem duas canções do álbum com a cantora, que mostra a maturidade em novo trabalho mais denso e sem apelos repetitivos.