sábado, 27 de dezembro de 2008

As novas dádivas da música brasileira

Que a música passou por uma gigantesca revolução nos últimos anos, e cada vez mais suas transformações são de velocidade, talvez, inimagináveis há cinqüenta anos, isto é fato. Portanto há inúmeros fatores para que, ainda, muitos artistas sejam marginalizados, não por desvalorização artística, mas para o mercado capitalista, pois não existe arte no capitalismo.

Esta semana resolvi baixar, no meu mundo de discos fabulosos, cujo não revelo a ninguém, discos de jovens cantoras brasileiras que, por muitos razões, principalmente mercadológica, são impedidas de mostrar, também, seus belos trabalhos artísticos.Foram cinco discos: o primeiro foi a Roberta Sá, do Rio Grande do Norte, cuja mora no Rio, com o belíssimo Sambas e Bossas, de 2004, seu segundo disco. Roberta, que largou o jornalismo para seguir suas vocações oficiais, mostra um bom samba com muito violão e clássicos da MPB. A primeira música começa com Cartola passando por compositores de sua geração, sem esquecer-se de Tom Jobim. O segundo Foi de Ana Martins, Futuros Amantes, de 2001. Depois que baixei o disco, ouvir e fui ao Google checar seu currículo e descobrir que é filha da cantora Joyce. O disco, com um samba e uma voz doce da jovem, que canta com, além de João Donato, a própria mãe. Canta Wave em duas línguas além de futuros amantes, música de Chico Buarque que dar título ao disco. Sua voz plácida parece de menina encantada. O terceiro foi Adriana Deffenti, que estuda Licenciatura em música, e seu primeiro disco, Peças de Pessoas, de 2002 é o que ouço. Adriana faz uma boa MPB, que não têm raízes do samba, mas sua estética musical se caracteriza pela batida mais acelerada da bateria e predominância de guitarra. Pode chegar ao Pop com categoria. Foi aclamada pela Veja como a mais nova safra da MPB. A futura professora de música faz seu espetáculo com Pô, amar é importante! a sétima música do álbum e ainda conta com a faixa Going To California, com um violão e belos efeitos. Esta outra garota era para está numa das maiores agências de publicidade da América, a W/Brasil, mas foi o próprio Washington Olivetto que lhe deu apoio para seguir sua carreira verdadeira e gravar seu primeiro disco, em 2005, intitulado Meu, com clássicos da MPB, e músicas de Tom Jobim e Chico Buarque. Neste disco, além de cantar Água de beber, do Tom, ela canta What´s New em língua inglesa, naturalmente. O nome dela é Ana Paula Lopez, de 27 anos. E finalmente- até aqui pelo menos- O disco de Bruna Caram, de 2005. Um disco sublime, de primeira grandeza, de uma garota de 21 anos. Seu som de baladas leves e músicas mais intimistas com influência do violão se destacam muito bem no álbum. A cantora é sobrinha da também cantora Ana Caram. Suas letras falam de amores perdidos e iludidos, perdas e ganhos, sentimentos profundos, sonhos e paixões. Esta menina merece destaque, sem dúvida, pois é uma dádiva que incorpora a alma artística.

Os discos, todos eles baixados gratuitamente na internet, são de grande representação na música brasileira, pois estas meninas da MPB conseguem fazer a hibridez do clássico com o moderno.

Estas cantoras são de extrema importância, pois significa que ainda se fazem música autenticamente brasileira e que é preciso mostrar isto. Por isto que a internet é fundamental neste processo.

Elizete Cardoso, Alaíde Costa, Dalva de Oliveira e Elis Regina devem estar felizes em ouvi-las.

domingo, 21 de dezembro de 2008

A crise como reflexão

O ser humano é um animal de transformação perene, pois é um ser inquieto e suas angústias o levam para um patamar de complexidade e confusão devido, ainda, a sua imaturidade de buscar a real significado da essência humana. Outrossim, as construções humanas simbólicas/ materiais se enquadram neste contexto, pois são apenas produtos humanos.
Nos últimos anos, crise é a palavra chave/mágica para os canais de comunicação levarem ao público determinado declínio ou problema de algum setor, principalmente os que envolvem direta e indiretamente a economia. Quando isto acontece, todos os olhos se voltam para esta new crisis, nada mais é tão importante, chega a ser tema de capítulo de novela até o colunista de arte, que fala, por exemplo, que não tem público devido a crise. Para as pessoas mais simples, de baixo nível escolar, fica complicado entender “as crises”, pois os telejornais mais complicam do que esclarecem, de modo que, mais aterroriza do que comunica e noticia. Como há muito tempo a impressa perdeu sua credibilidade -se é que já teve- fica difícil saber se realmente há a crise ou se apenas é um jogo ideológico, típico da impressa burguesa brasileira, por conveniências políticas, ora fazendo uma matéria jornalística (?) mal elaborada e confusa, ora colocando um comentarista para reforçar seu ponto de vista. Os colunista e comentarista também são outros que seus discursos estão nas entranhas ideológicas.
Há oito anos quatro crises, destas que, talvez, só existam na pauta dos jornais, tomaram conta dos comentários de boteco de esquina até em bares onde servem uísque 18 anos. Alguém lembra a crise do apagão do ano 2000, pré-anunciando o fim dos tempos? Depois a crise política, devido aos escândalos (?) do mensalão? Há pouco tempo não se falavam em outra coisa que não a crise aérea no país; doutores e especialista comentando e dizendo como deveria ser e acontecer e etc.. Todo mundo sabe de tudo. As crises são complexas, mas as coberturas são sufocantes em curto período de tempo e efêmera; é só esperar a próxima chegar e dar tchau. Neste caso a crise aérea deu lugar a crise moral/conjugal de Renan Calheiros. Queriam saber até porque ele não usou camisinha para comer a Mônica Veloso. A assessoria do senador deveria enviar uma nota à imprensa respondendo: furou!
Há alguns meses vivemos os fins dos tempos com a crise econômica mundial: a tal recessão econômica. O que é difícil saber são suas proporções reais, já que impressa diz que é planetária e devastadora e o governo diz que de muito leve, vai passar triscando na economia brasileira. Aí, ficamos nos discursos bipolares convenientes. Faltam respaldo e respeito de ambas as instituições, para que possamos ter uma consciência verdadeira sobre tudo que nos permeia.
No dicionário da língua portuguesa Melhoramentos, a palavra crise é conceituada como: “período difícil na vida de uma pessoa ou de uma sociedade de cuja solução depende à volta a um estado normal; falta de alguma coisa em vasta escala.” Para a filósofa brasileira Nancy Mangabeira Unger, crise “é o momento onde algo se encontra confuso e é o momento do discernir, do decidir; é o momento do parar tudo para a decisão, para que possamos superar a crise, que é necessária.” Assim, acredito que as crises que nos aparecem, de forma tão fugaz, devem ser pensadas de forma mais crítica e lúcida. Talvez não exista nenhuma crise, exceto a crise governamental, que parece ser perpétua, e da esdrúxula imprensa. Porém acredito quer crise é o momento mais oportuno, como diz Nancy, para o discernir, para o decidir, afinal nossa inquietude é intrínseca a nossa alma, portanto crises há de existir tanto quanto a própria inquietude humana.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Humor e homossexualismo na Tevê

Há muito tempo que a televisão brasileira vem agindo com desrespeito com o público. Há muito tempo, também, que os órgãos públicos, que autorizam sua transmissão, pois a televisão é uma concessão pública, já poderia ter se posicionado para rediscutir os parâmetros nos conteúdos programáticos da televisão aberta no país, pois a televisão só está servindo conteúdo ideológico, reafirmando os pré-conceitos e o que sobra é babaquice pura.

Os homossexuais viram chacota e são ridicularizados chula e grotescamente nos programas de humor. O programa Zorra Total, que pode ser chamado também de Idiotas Globais, da TV Globo, por exemplo, insiste na reprodução de gays estereotipados, afeminados, cabelo de chapinha, cheios de cor de rosa, com vozes finas e cheios de caprichos femininos. Na maioria dos quadros deste programa, tem um homossexual com este perfil, que reforça um estereótipo errôneo, a estigmatização e o preconceito que todo homossexual é uma “bicha louca”, como eles mesmo preferem chamar estes personagens.

Em uma sociedade que ainda insiste na intolerância, no pré-conceito e na estigmatização do homossexual, estes programas com tais personagens, estrutura, sem dúvida, estes comportamentos sociais que precisam ser pensado e revisto, e se a televisão não cumpre seu real papel e trilha um caminho marginal, deve haver repugnância e um forte movimento para a retirada do ar do programa ou mesmo a suspensão de sua concessão, pois a emissora rompeu com parâmetros definidos pelo ministério das comunicações. Que entretenimento é este que usa o pré-conceito é o reforço do estereótipo como piada?

Quando as pessoas assistem a estes programas- que não é só na TV Globo-, e vêem a caricatura ridícula do homossexual, que respeito terão pelo homossexual, que aceitação compreensiva terão se um filho disser que é homossexual se na mente todo homossexual é como o Patrick ou aquele que contracena com aquela mulher que diz: “tô pagano”? E o homossexual escondido no armário, pela vergonha e pelo medo de assumir sua sexualidade, será que estes programas ajudam ou prejudicam na identidade sexual e a colocar em público sua homossexualidade, que é comum e normal tanto quanto o heterossexualismo? È preciso um novo olhar sobre estes programas, de quem assiste, produz e permite sua veiculação, pois além de ridicularizar o homossexual, coloca o negro, o nordestino no mesmo nível da chacota. Ora, se um país como este, onde a educação não existe, e as pessoas aprendem tudo com a TV e com o vizinho, que também aprende com a TV, quais os impactos destes programas na mente desta gente? O reforço da estigmatização do homossexual que continuará sendo chamado de “biba”, “bicha”, “viado”, “queima rosca” e etc., e a solidificação de que todo homossexual é aquele da TV, que só entende de cabelo, maquiagem e roupa.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Aos amigos maiores

Em uma vida agitada como a que a sociedade se propõe a tentar viver, tudo acaba no mais puro tédio pela mesmice e, pessoas como eu, que tento buscar alternativas e formas de viver esta realidade funesta e medonha me deparo com a surpresa quando conheço pessoas excepcionais, coisa raríssima, pois o que vejo são pessoas que perderam a noção da realidade para se trancar em um mundinho tão individual quanto mesquinho. Não posso entender, pois talvez a minha confusão em tentar entender esta loucura coletiva travestida de pura lucidez ao qual só consigo rir, e nada mais. Mas, se rir demais posso cair no puro deboche destes esdrúxulos comportamentos humanos que abomino. Como diz aquele senhor rapaz: rir é bom, mas rir de tudo é desespero, então me encontro desesperado?

A autoflagelação humana é tão notória quanto sua imbecilidade, porém deve haver alguém que põe óculos nos olhos desta criatura, para camuflar o real e colocá-lo numa dimensão de extrema demência. Quem será que faz isto? Eu, que sempre penei em tentar chegar a tal conclusão, hoje prefiro creditar isto a própria raça humana, que se considera melhor que os outros animais, diz ser racional, ah, dizem por aí que somos civilizados. Somos?

Chegamos ao momento de extremo colapso (em todos os sentidos) e penso da pertinência em dizer do colapso social. Parece que está cada vez pior a convivência. Então a civilização está em decadência; os ricos se trancam em seus condomínios negligenciando a realidade que eles configuram. Dormem com travesseiros macios para terem bons sonhos, todavia este sonho acabará quando eles acordarem e verem que o mundo existente não é o que eles vivem; a realidade é outra. Não está nos shoppings, muito menos nos finos restaurantes tampouco no copo de uísque.

Portanto, penso e digo da importância de estabelecermos os mecanismos para uma sociedade mais convival e que os valores estejam no mesmo patamar que a eqüidade, tolerância e solidariedade, para vivermos em paz. Lembremos, portanto, daquele grandessíssimo homem que nos deixou um legado de pura sabedoria e que infelizmente a ignorância não nos permite segui-lo de forma mais sóbria e sensata do que desesperadora: “Fazes com o outro apenas o que queiras que faça contigo.”

“Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isto por cima do muro de hipocrisia que insiste em nos rodear; eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não.” Ora, não quero plagiar a obra do Lulu Santos, mas quando ouço esta música entro em outra dimensão, devido ao seu conteúdo filosófico: “Não há tempo que volte, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.”

Esperemos o futuro com novas perspectivas porque o futuro começa hoje.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Apresentação do meu trabalho de Antropologia

Os "primeiros antropólogos" interessavam-se por dois objetos: o parentesco e a religião. A religião, este vínculo do homem com seus seres supremos e divinos, é tão fantástica quanto antiga; vestígios de civilizações passadas e menos complexas, comprovam o comportamento do homem e suas ligações espirituais. Religião também foi o objeto para o meu trabalho etnográfico e por sua pluralidade- sim, a religião é e tem que ser plural- optei pelo candomblé, uma religião que sofre e sofreu ao longo de sua história o intolerantismo e a supremacia de uma cultura judaico-cristã.

No Terreiro Ilê Axé Omo Oyá estive por onze vezes realizando minha pesquisa antropológica onde meus ouvidos se aguçaram assim como todos outros sentidos e minha curiosidade e o fascínio de uma religião tão complexa quanto coerente. A priori, interessava-me em observar os ritos de oferendas, abordando seus significados; em seguida tentei analisar e etnografar o ritual de passagem onde membros desta religião são submetidos ao confinamento, todavia, foi preferível abandonar estes dois aspectos devido a questões doutrinárias e fundamentalistas; fui orientado pelo Pai de Santo a observar outro aspecto do Terreiro. Os fundamentos desta religião são tão complexos quanto restrito aos membros de hierarquia superior. Assim, percebendo se da minha insistência sobre este dois objetos poderia tornar meu trabalho superficial, pois pouca coisa poderia saber, devido a tais circunstâncias, foi mais sensato abordar outro aspecto que não deixa de ser interessante, pois, não foi o próprio “pai da etnografia”, Franz Boas, que disse não haver objeto nobre nem indigno de ser pesquisado?

Os signos e símbolos no terreiro passaram de forma definitiva a ser os meus objetos de pesquisa, porém, tive que fazer uma abordagem do ponto de vista da antropologia simbólica e não da antropologia social e/ou cultural, pois meu interesse passava para os produções de bens simbólicos naquele Terreiro, para, a partir destas observações, dos sistemas representativos dos objetos simbólicos, obter( ou tentar) uma maior compreensão de seus signos e significados e sua relação com as crenças, rituais e cerimônias nesta Nação, abordando seus aspectos simbólicos físicos e sagrados, analisando deste seus significados(naturalmente) até seu processo de confecção e tratamentos de purificação. È pertinente ser dito que devido grande quantidade e diversidade signos e símbolos no Terreiro, abordo neste trabalho, apenas seis.

Foi-me indispensável à leitura do capítulo dois, da segunda parte do livro de François Laplantine, Aprender Antropologia, e alguns textos de Clifford Geertz, pois este acredita (ou acreditava) que a antropologia além de ser uma ciência observatória, devia ser interpretativa.

O candomblé é uma religião de raízes intrínsecas a África, e divide em diversas nações pela sua língua. O terreiro que fiz esta pesquisa é da Nação Ketu, sua língua é a yorubá. Por isto, que em cada Terreiro, ou cada Nação, há significados diferentes de coisas comuns.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Lágrimas de diamantes: a dramaturgia midiática

Não quero aqui ser tão estúpido reproduzindo, como um eco, as posições de intelectuais e teóricos de comunicação brasileiros. Mas, acredito na pertinência, devido à realidade, de perguntar: qual é mesmo o papel da imprensa? No Brasil, a imprensa tem o único papel de ser apenas ridícula; mas como Marx já disse que a imprensa é a expressão de um povo, pergunto novamente: onde está a impavidez colossal deste povo?

Que temos uma imprensa frívola isto é fato, pois os fatos (ou versões) da imprensa são frívolos, como esta nova onda de comoção nacional alicerçada pela irreflexão e imbecilidade. A novela divide-se em cinco capítulos: primeiro foi o caso Pedrinho, seqüestrado pela malvada Vilma; em seguida foi a monstra, patricinha classe média Suzane, que mandou matar os pais que dormiam como anjinhos; João Helio Fernandes foi o protagonista do terceiro capítulo; a garota Nardone foi à estrela do quarto episódio e a heróica garota Eloá, que morreu por amor, fecha parcialmente o capitulo final. Alguém sabe o nome desta novela? Eu sei: lagrimas de diamantes, uma trama dirigida e encenada pelos homens da imprensa deste país chamado, Brasil?

A imprensa parece não saber discernir a esfera publica da privada; o interesse coletivo do particular, e cai na tolice. As pessoas parecem não saber também, pois caso soubessem repugnariam tais comportamentos que imprensa ainda insiste. Qual mesmo o interesse social de um psicopata que, por frustração da perda, mata a namoradinha? Nenhum! Se for para comover as pessoas por mortes, porque a imprensa não coloca as pessoas para chorarem pelos assassinatos diários nas favelas e periferias deste país? Se for para fazer chorar, porque então não noticia todo dia e toda hora, entrando em plantão, quando cada cidadão morrer pela falência do serviço público de saúde? Então, em vez de fazer como as revistas semanais, que trazem nas capas um fundo negro assustador dizendo que sua filha apode ser a próxima Eloá, causando mais pânico que informação, não mostram o número de mortos de fome pelos cantos desta pátria. E o que diríamos (e as pessoas pensariam) se em vez de apresentadores simularem sentimentos de condolências, discutissem sobre os assassínios nos interiores do Norte do país por disputas de terras para exploração ilegal de madeira por grileiros. Ah, e se os magníficos repórteres em vez de perguntarem o quê às pessoas acham do caso Eloá, perguntassem aos nossos parlamentares sobre a violência letal cometida pelos policiais aos negros a serviço do Estado, ou mesmo perguntassem a estes onde seus filhos estão enquanto os filhos de pessoas negras, pobre e analfabetas são executadas em bairros sem nenhuma infra-estrutura digna?

Se a imprensa tivesse uma postura mais descente e menos descarada, mortes, assassinatos poderiam levar a sociedade a debater os projetos para diminuir a violência e a desigualdade social, políticas publicas eficazes, e não paliativas, para saúde, educação e segurança, levar toda a sociedade dentro dos parâmetros éticos e discursiva os problemas sociais , os serviços públicos oferecidos pelo Estado, de uma sociedade caracterizada pela exploração e segregação.

O papel da imprensa deve ser respeitado na sua essência que é levar a sociedade questões de interesse publico e quando isto não acontece cabe ao Estado, como agente da ordem e do bem estar social, censurar e inibir de forma enérgica conteúdos irrelevantes e prejudiciais exposto pela imprensa. Mas como no Brasil, talvez em outros lugares, imprensa e poder dormem na mesma cama no fim da noite, é necessário um novo rumo para construção de uma verdadeira democracia e isto começa com a imprensa.

Casos como o de Eloá irão acontecer sem dúvidas, como um novo capítulo desta novela quase interminável, e diga-se passagem, sem final feliz, e a imprensa se comportará esdruxulamente nesta dramaturgia midiática, pois deve fazer seu papelão ridículo, agindo tipicamente de forma chula e grotesca, sustentando suas posições ideológicas de olhos nos picos de audiências e nos montantes bancários.