Luta ao Sr° Edson Maciel

No Hospital Santo Antônio, em Salvador, 16 de setembro, as 22h45, morreu, aos 58 anos, o Sr° Edson Maciel, carinhosamente chamado de Edinho e por mim de Tio Edinho.
Essa figura ilustre e amavél, deixa sinceras saudades e uma lacuna de dor.Nossas conversas longas, inteligentes e reveladoras, redeu-me uma eterna adimiração, nesses 19 anos de convivência.
A sua partida deixa em nossa memória lembranças de um ente querido e hilário.

Luto à D.Maria

Na madrugada desse domingo, 16 de setembro, faleceu em sua residência,no Bairro da Paz,D. Maria.
Amiga de dois verões, D.Maria nos deixa, num dia em que a aurora nasceu leve, a brisa fresca suava na pele de lágrimas , o mar verde esmeralda, e um crepúsculo magnifico que simbolizava sua partida.
Essa excepcional pessoa querida, fica eternamente em minha memória e lembranças profundas.
A sua família, ofeceço os meus pésames e sínceros sentimentos, em nome, também, de minha famlía.Que Deus ilumine D.Maria onde ela estiver.

Dia mundial de limpeza das águas

Hoje foi o dia mundial, para todos os voluntários, fazer a limpeza dos rios e mares dos quatro cantos do planeta.Por ano, são depositados nas águas do planeta, 40 bilhões de toneladas de lixo, e o plástico continua sendo o grande vilão.
Fiz minha parte, peguei um balde, e recolhi lixos pela areia da praia.Cinco minutos andando pela areia, foi possivel retirar desde garrafas de água mineral a siringas.
Todos temos que fazer a nossa parte, e não só um dia ao ano, mas todos os dias.Não precisa morar perto de rio ou praia, cada um pode contribuir com a natureza na sua rua, ou mesmo fazendo coleta seletiva em sua residência, discriminando plásticos, metais papéis e outros materiais.Só depende de cada um.
A preservação, manutenção e conservação da natureza é um verdadeiro exercicio da cidadania, portanto, cada um de nós devemos fazer a nossa parte.

O que é isso?

È extremamente infeliz procurar um veículo de comunicação descente e comprometido com preceitos éticos e valores profissinais aqui na Bahia, aliás, em todo o Brasil.
Como diz Rita Lee, agora é moda, fazer um jornalismo chinfrim, abusando do bom senso do espectador/leitor.

A partir do meio-dia, a televisão baiana é invadida (destruída) pelos programas populares que vivem de miséria alheia, do apelo social; a baixaria rola solta, numa disputa incansável para ver quer é a pior e quem maniula mais.
As matérias de mau gosto é um atentado ao pudor; o apelo popular e o sensacionalismo reinam no ar.

Esses programas compram um horário nas emissoras, vivem de barganha política e escolhe um formato adequado para os baianos, miseráveis e analfabetos, o povão adora.
Deformam o verdadeiro jornalismo, enlatam para vender da forma que bem entender, da forma mais vil e descarada possivel.

Nesse contexto, nem os jornais impressos se safam, são os piores; e, agora, chega à cidade uma revista de mesmo padrão ordinário, que vive da injúria e da difamação do jeito que a convém.

Deve ser muito bom ser jornalista, fala mal de quem quer, e quem não quer só é passar um cheque, não vale pré-datado; os famosos “jabás”.

Para críticos da mídia, esse tipo de "fazer jornalismo" é apelidado como “tupiniquim”, “aquário”, “jornalão”,” jornalismo partidário”, mas, para mim, é jornalismo safado mesmo, e a Federação de Jornalismo tem que se mexer, mas deve ser conivente a essa desgraça do jornalismo, que entristece a todos.Neste caso, como Marx, acho a censura menos danosa que a forma que eles fazem jornalismo, um verdadeiro desamor ao profissionalismo.

O que essa carioca tem?

No atual cenário musical, que a indústria fonográfica anda em crise há muito tempo, e não se arrisca, como antes, a lançar qualquer artista; e mesmo os veteranos viraram ( ou sempre foram) produtos de mercado.

Deste desastre musical no Brasil, uma carioca coloca inveja em qualquer outro artista: Marisa Monte.

A moçoila sabia do seu potencial desde cedo. Enquanto cantores, em inicio de carreira, sonham assinar contrato com gravadora, Marisa recusou, aos 17 anos, contrato com a Polygram e foi estudar canto lírico na Itália.

Voltou como um furacão. Em 1988 o Brasil cantava de cor “Bem que se quis”, mostrando que não é qualquer cantora efêmera. O seu apogeu veio em 94 quando lançou “Verde, Anil Amarelo e Cor de Rosa e Carvão”, consagrando-a como maior cantora brasileira.

Marisa Monte e, talvez, a única cantora que a gravadora não manipula, não enlata para vender; não está todo dia no Faustão, nem em capa de revista de fofoca. Não grava CD todo ano; muito pelo contrário, ficou seis anos sem gravar (solo), e voltou ano passado com dois cd´s inéditos( Universo ao meu redor e Infinito Particular), que custam, na loja, R$ 40,00 cada, e vendeu como banana.È muita ousadia mesmo.O ingresso de seu show custa em media R$ 150,00 e acaba uma semana antes.

Respaldo que não faltam a essa carioca que se juntou, em 2003, a Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, virando a cabeça do Brasil e de mais 40 paises com os Tribalistas, sucesso de critica e venda.

Compositora de mão cheia, com requinte na escolha de seu repertorio, Marisa é ainda a única cantora que a gravadora não lança coletâneas desnecessárias, afim de preservar sua obra, e também a única a ter toda discografia em vídeo; suas músicas entram nas rádios e não sai mais; rompe barreiras sociais, e entra na casa de todas as classes, sem se tornar uma cantora “popular”.Não é pra qualquer uma.

Resumindo, Marisa Monte, grava quando bem entender, lança quando quiser, canta o que bem quer, é a cantora com shows e discos mais caros do mercado. O resultado são discos excepcionais, que a coloca no patamar mais alto da elite das grandes cantoras brasileiras.

A estupidez aborta uma borboleta

Estava no velho sofá da sala, assistindo o sem censura, quando ouço um barulho baixo, que logo vai aumentando, um ruído, parecia uma trituração de algo.
As folhas da palmeira, que arborizava o ambiente, se moviam; logo perdi atenção do meu programa diário, e voltei meus olhos exclusivamente para a planta.Aproximei e não acreditei. Estava a frente de um verdadeiro espetáculo da natureza, de uma perfeição infinita: um casulo.
O barulho que ouvia era da nova moradora de minha casa, cujo fiquei feliz em ter escolhido essa para sua ambiência parcial e seu processo de metamorfose.
Ali, observava e não entendia como aquela lagarta preta, de linhas brancas horizontais, conhecia de arquitetura, engenharia e geometria para a construção de seu casulo, confeccionada com a própria folha da palmeira. O casulo tinha dois orifícios, um para a dona lagarta comer outra para suas necessidades fisiológicas.
Deslumbrei-me a frente da perfeição, algo que nem o Niemeyer chagaria a tanto.Embora vendo o estrago da palmeira por conta da nova vizinha, sua criatividade convencia-me de sua permanência.
A partir daquele dia ao ouvir o barulho, sentava ao chão e a observava bem de perto como ela se alimentava, sem sair totalmente de sua casa. Ao ver-me não se intimidava, sentia-se plenamente a vontade para saborear a folha da palmeira. A lagarta sabia que eu não oferecia perigo algum.
Meus sentimentos oscilavam entre a ansiedade e a frustração. Queria logo que se tornasse uma bela borboleta, a enfeitar campos e jardins, voando livre ao vento fresco e leve em suas asas coloridas.Porém, sabia que jamais veria saindo do casulo; cenas quase impossível de ser vista no habitat natural.
Em meu quarto, lendo, ouço minha irmã e minha mãe dizendo:é uma lagarta,mata!Aquelas palavras soaram num desespero profundo e corrir para a sala para salva-la de uma morte prematura e insana. Foi tarde. Minha irmã já estava com a vassoura varrendo a lagarta, morta, dentro de seu casulo; peguei-a nas mãos, meus sentimentos, agora, oscilavam entre a dor e raiva; não só foi abortada uma borboleta, mas meus desejos. A estupidez ( des) humana consumava-se naquela sala; minha irmã e minha mãe se quer sabiam que as lagartas passam por um processo de metamorfose e se transforma em um borboleta.Não se tratava mais da estupidez mas da ignorância; uma vida perdida pela ignorância é menos dolorosa que pela estupidez.
Aquela lagarta morreu pela ignorância, mas a ignorância continua pela estupidez.

Movimento Burguês não convenceu

Depois dos acidentes da Gol e, agora, da TAM e a crise aérea, patrocinada pela mídia, um pequeno grupo de socialites, resolveram uni-se e lançaram( a mídia) a movimento “cansei”.Esse movimento da classe elitista brasileira, que tem apoio da OAB paulista, dos industriais e de alguns artista do sudeste.
Poderíamos até levar a sério se não estivesse lá, nada menos que a Srta. mãe da TV brasileira, Hebe Camargo.Não sei não, mas acho que não convenceu.Todo mundo sabe do interrese político da Hebe, bajulou a vida toda Paulo Maluf, depois disse que era um absurdo a sua prisão, em seguida para não desmoralizar rompeu a amizade com Maluf, que tanto já subiu no palanque, dizendo que ele era interesseiro .Anti-petista confessa, e agora vem se juntar a esse movimento burguês.
Também não sei de que ela se cansou; ganha R$ 1,2 milhões mensalmente.Vive no maior luxo.
A Ivete Sangalo também entrou nessa, cobra R$ 100,000 por show e também cansou.Muito bonito.
Para essa meia dúzia de classe social favorecida no Brasil, eles “cansaram”, só que nós, brasileiros, não cansamos, já nascemos ''cansados", pelo descaso desse sistema político preponderante no Brasil, que vivemos de uma salário miserável, sem educação, sem saúde, sem nada, comendo migalhas que caem das mãos dos poderosos sistemáticos.
Eles, vestidos de preto, na camiseta estampado” cansei”, e quando via a câmera de TV choravam sem parar as duas centenas do acidente aéreo.
Concerteza não sabem quantos morrem por dia no nordeste, e em todo o Brasil, pela fome e pela miséria, quantos morrem nos corredores dos hospitais, nas filas do INSS.Nunca se manifestaram, agora está todo mundo comovido, já que é para esculhambar o governo Lula, sugiro que se poupem para manifestarem seu cansaço nas vésperas no aumento do salário mínimo, que interessa a todo o Brasil, mas não convém.

Vanessa da " Lata"

Vanessa da “Lata”

Não tenho duvidas, assim como grandes críticos de música no Brasil, em dizer que Vanessa da Mata, foi a maior revelação da Música Popular brasileira nos últimos dez anos.A jovem menina de 29 anos, da pequena cidadezinha de Alto Garças, no Mato Grosso, com uma voz delicada e meiga, não fez feio com seu primeiro disco, em 2002, com musicas belíssimas e simples, tudo do jeito peculiar brasileiro de fazer musica,que parecia um livro de poesia cantada por ela, um dos melhores discos que já ouvi.
A característica mais marcante de Vanessa da Mata, além da doce voz, “era” do seu jeito de simples de vestir, pelo menos em público. Com saias longas bordadas, de tecido fino e leve, batas, colorares, uma flôr no cabelo no seu enorme cabelo crespo, e sempre descalça, demonstrava originalidade, como,ainda hoje, veste-se a cantora baiana Mariene de Castro.
A cantora acaba de lançar seu terceiro trabalho, num formato diferente, para baratear dividiu o disco em dois: faixa de 1 a 5 em um CD e de 6 a12 no outro, cada qual custando R$ 10,00.
O musica de trabalho é uma que canta com Ben Raper. Quem diria agora ela canta até em inglês com o cantor.
Vanessa perdeu a originalidade em seu trabalho, não percebeu que virou brinquedo da sua multinacional gravadora. O que acontece é que a gravadora quer, de uma vez por todas, popularizar o cantor americano no Brasil, que ninguém nunca ouviu falar antes, e acho que nem a própria Vanessa; primeiro trouxeram o tal cantor para o festival de verão de salvador deste ano, uma semana depois as lojas já exibiam seus CD´s, agora aparece cantando em todas as rádios, com a Vanessa, que se tornou cantora popular.
Vanessa também perdeu a originalidade da simplicidade, agora transformaram a garotinha interiorana em urbana; usa calça jeans, jaqueta, salto alto, maquiagem cabelo engomadinho, canta em inglês e virou produto enlatado nas mãos da indústria fonográfica, como Ana Carolina, tudo do jeito que o diabo gosta.
Só espero que Mariene de castro quando estiver no apogeu no sucesso não repita o filme da menina urbana mimada.

Mais um espetáculo nas manchetes dos jornais

A um ano, a mídia burguesa brasileira para o Brasil, para tratar de seus problemas.
Criaram a crise aérea no primeiro acidente da Gol, ano passado, passou todo ano especulando e apontando culpados, para tentar solucionar seu bem estar social, que anda abalado; o segundo acidente em julho, parece que foi mesmo obra do diabo, ou mesmo sabotagem, que caiu como uma luva.
Conveniências e clichês de uma mídia que se deixa levar pelos conchavos e interesse ideológico demonstram firmemente o compromisso que ela tem pela minoria da sociedade brasileira.
A grande imprensa diz um absurdo algumas dúzias da elite, desesperada nos aeroportos climatizados, vendo gente bonita, ora compra um livro na livraria, ora tomando um cafezinho para relaxar, chorando e gritando, xingando o governo e todo mundo, aparecendo na TV toda hora, por que vai esperar mais um pouco, pois o avião atrasou;cenas de comover qualquer um.
Nunca discutiram, nem estamparam, em seus telejornais, a greve dos previdenciários, que atinge grande população pobre deste país; doentes nas filas de madrugada tentando senha para marcar perícia três meses depois; velhos na fila há dois anos querendo se aposentar , isso não interessa a eles; não estampam em suas revistas semanais o caos da saúde em todo o Brasil, principalmente no nordeste,onde gente morre nos corredores, sem nenhum respeito a vida nem a dignidade humana, não mostram os filhos do Brasil marginalizados pela pátria, sem direito a oportunidades iguais, sem educação nem emprego, não mostram o mendigos, as crianças no sinal e nas ruas se prostituindo, não mostra nem discutem a verdadeira face violência nas metrópoles, nos interiores desse enorme Brasil, de população a mingua e a mercê de um sistema político violento que massacra o trabalhador, fatos que separam dois “Brasil´s totalmente discrepantes.
A mídia só noticia o que interessa a pequena classe media/alta; no Brasil menos de 10% da população utiliza o transporte aéreo, mas eles dramatizam em sua campanha comovente: Não deixem os ricos esperando nos aeroportos, eles ficam estressados e depois vai ter que fazer psicanálise.Eles podem até morrer.

Teoria da remuneração

"Educação é a chave para transformação global, do individuo e da sociedade”.A frase do Pernambucano Paulo Freire, pedagogo e um dos maiores pensadores sobre educação, não é meta prioritária do poder público, tampouco pela sociedade civil.
Recentemente a Bahia vivenciou 56 dias de paralisação dos profissionais da educação da rede estadual; aumento de salário, como sempre, foi o carro chefe da greve, alegando melhoria na educação.
Na realidade os milhares de professores em greve, nesses 56 dias, não passaram de bonecos de marionetes, nas mãos da cúpula do sindicato dos professores da Bahia; tudo não passou de jogo sujo de politicagem, a frente do novo governo estadual.
A greve dos professores de Salvador durou poucos dias por que o Secretario de Educação é do PC do B, mesmo partido do sindicato; como o Secretario Estadual, Adeur Sauer, não corresponde a mesma legenda partidária do sindicato estadual, a greve se arrastou por quase dois meses e não passou de espetáculo circense, protagonizado por ambos.
Acredito que Sindicatos, Ong´s, instituições filantrópicas devem seguir uma filosofia anarquista ou pelo menos apartidária, e, no último caso, pluripartidária,o que não acontece. Todas as instituições sociais e sindicatozinhos, deixaram o compromisso verdadeiro para seguir suas ideologias políticas individuais.

Para aqueles que pensam que o aumento do salário de professores melhora a educação pública, não passa de uma teoria medíocre, pois a saúde pública não vai melhorar se aumentar os salários dos médicos, que também ganham uma miséria. Naturalmente que não digo que professor ganha bem e que chora de barriga cheia.
Dados mostram que em escolas onde rendimento dos alunos é excelente, denota a outro dado: a participação, ativa, dos pais dos alunos dentro as escola
Acredito que a educação só vai melhorar se houver uma integração da escola com a família, com apoio dos governos e a qualificação dos professores.
Essa idéia de que a educação vai mal por que professor ganha pouco, não convém aos fatos.A educação e a saúde em Cuba tem referências internacionais, e esses profissionais ganham menos que no Brasil.
Professor e médico têm importâncias fundamentais dentro da sociedade e devem ser mais valorizados sim; agora não podemos admitir que extrapolem fatos e digam que tudo vai melhorar se eles ganhar mais um bocadinho.
A educação no Brasil é péssima por que a família brasileira está desestruturada, o poder público descomprometido e os professores desqualificados.
Para os que continuam afirmando na teoria da boa remuneração para melhorar, sugiro os bons livros de pedagogia de Paulo Freire.

Renan Oliveira