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Estava no velho sofá da sala, assistindo o sem censura, quando ouço um barulho baixo, que logo vai aumentando, um ruído, parecia uma trituração de algo.
As folhas da palmeira, que arborizava o ambiente, se moviam; logo perdi atenção do meu programa diário, e voltei meus olhos exclusivamente para a planta.Aproximei e não acreditei. Estava a frente de um verdadeiro espetáculo da natureza, de uma perfeição infinita: um casulo.
O barulho que ouvia era da nova moradora de minha casa, cujo fiquei feliz em ter escolhido essa para sua ambiência parcial e seu processo de metamorfose.
Ali, observava e não entendia como aquela lagarta preta, de linhas brancas horizontais, conhecia de arquitetura, engenharia e geometria para a construção de seu casulo, confeccionada com a própria folha da palmeira. O casulo tinha dois orifícios, um para a dona lagarta comer outra para suas necessidades fisiológicas.
Deslumbrei-me a frente da perfeição, algo que nem o Niemeyer chagaria a tanto.Embora vendo o estrago da palmeira por conta da nova vizinha, sua criatividade convencia-me de sua permanência.
A partir daquele dia ao ouvir o barulho, sentava ao chão e a observava bem de perto como ela se alimentava, sem sair totalmente de sua casa. Ao ver-me não se intimidava, sentia-se plenamente a vontade para saborear a folha da palmeira. A lagarta sabia que eu não oferecia perigo algum.
Meus sentimentos oscilavam entre a ansiedade e a frustração. Queria logo que se tornasse uma bela borboleta, a enfeitar campos e jardins, voando livre ao vento fresco e leve em suas asas coloridas.Porém, sabia que jamais veria saindo do casulo; cenas quase impossível de ser vista no habitat natural.
Em meu quarto, lendo, ouço minha irmã e minha mãe dizendo:é uma lagarta,mata!Aquelas palavras soaram num desespero profundo e corrir para a sala para salva-la de uma morte prematura e insana. Foi tarde. Minha irmã já estava com a vassoura varrendo a lagarta, morta, dentro de seu casulo; peguei-a nas mãos, meus sentimentos, agora, oscilavam entre a dor e raiva; não só foi abortada uma borboleta, mas meus desejos. A estupidez ( des) humana consumava-se naquela sala; minha irmã e minha mãe se quer sabiam que as lagartas passam por um processo de metamorfose e se transforma em um borboleta.Não se tratava mais da estupidez mas da ignorância; uma vida perdida pela ignorância é menos dolorosa que pela estupidez.
Aquela lagarta morreu pela ignorância, mas a ignorância continua pela estupidez.
As folhas da palmeira, que arborizava o ambiente, se moviam; logo perdi atenção do meu programa diário, e voltei meus olhos exclusivamente para a planta.Aproximei e não acreditei. Estava a frente de um verdadeiro espetáculo da natureza, de uma perfeição infinita: um casulo.
O barulho que ouvia era da nova moradora de minha casa, cujo fiquei feliz em ter escolhido essa para sua ambiência parcial e seu processo de metamorfose.
Ali, observava e não entendia como aquela lagarta preta, de linhas brancas horizontais, conhecia de arquitetura, engenharia e geometria para a construção de seu casulo, confeccionada com a própria folha da palmeira. O casulo tinha dois orifícios, um para a dona lagarta comer outra para suas necessidades fisiológicas.
Deslumbrei-me a frente da perfeição, algo que nem o Niemeyer chagaria a tanto.Embora vendo o estrago da palmeira por conta da nova vizinha, sua criatividade convencia-me de sua permanência.
A partir daquele dia ao ouvir o barulho, sentava ao chão e a observava bem de perto como ela se alimentava, sem sair totalmente de sua casa. Ao ver-me não se intimidava, sentia-se plenamente a vontade para saborear a folha da palmeira. A lagarta sabia que eu não oferecia perigo algum.
Meus sentimentos oscilavam entre a ansiedade e a frustração. Queria logo que se tornasse uma bela borboleta, a enfeitar campos e jardins, voando livre ao vento fresco e leve em suas asas coloridas.Porém, sabia que jamais veria saindo do casulo; cenas quase impossível de ser vista no habitat natural.
Em meu quarto, lendo, ouço minha irmã e minha mãe dizendo:é uma lagarta,mata!Aquelas palavras soaram num desespero profundo e corrir para a sala para salva-la de uma morte prematura e insana. Foi tarde. Minha irmã já estava com a vassoura varrendo a lagarta, morta, dentro de seu casulo; peguei-a nas mãos, meus sentimentos, agora, oscilavam entre a dor e raiva; não só foi abortada uma borboleta, mas meus desejos. A estupidez ( des) humana consumava-se naquela sala; minha irmã e minha mãe se quer sabiam que as lagartas passam por um processo de metamorfose e se transforma em um borboleta.Não se tratava mais da estupidez mas da ignorância; uma vida perdida pela ignorância é menos dolorosa que pela estupidez.
Aquela lagarta morreu pela ignorância, mas a ignorância continua pela estupidez.
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