Os "primeiros antropólogos" interessavam-se por dois objetos: o parentesco e a religião. A religião, este vínculo do homem com seus seres supremos e divinos, é tão fantástica quanto antiga; vestígios de civilizações passadas e menos complexas, comprovam o comportamento do homem e suas ligações espirituais. Religião também foi o objeto para o meu trabalho etnográfico e por sua pluralidade- sim, a religião é e tem que ser plural- optei pelo candomblé, uma religião que sofre e sofreu ao longo de sua história o intolerantismo e a supremacia de uma cultura judaico-cristã.
No Terreiro Ilê Axé Omo Oyá estive por onze vezes realizando minha pesquisa antropológica onde meus ouvidos se aguçaram assim como todos outros sentidos e minha curiosidade e o fascínio de uma religião tão complexa quanto coerente. A priori, interessava-me em observar os ritos de oferendas, abordando seus significados; em seguida tentei analisar e etnografar o ritual de passagem onde membros desta religião são submetidos ao confinamento, todavia, foi preferível abandonar estes dois aspectos devido a questões doutrinárias e fundamentalistas; fui orientado pelo Pai de Santo a observar outro aspecto do Terreiro. Os fundamentos desta religião são tão complexos quanto restrito aos membros de hierarquia superior. Assim, percebendo se da minha insistência sobre este dois objetos poderia tornar meu trabalho superficial, pois pouca coisa poderia saber, devido a tais circunstâncias, foi mais sensato abordar outro aspecto que não deixa de ser interessante, pois, não foi o próprio “pai da etnografia”, Franz Boas, que disse não haver objeto nobre nem indigno de ser pesquisado?
Os signos e símbolos no terreiro passaram de forma definitiva a ser os meus objetos de pesquisa, porém, tive que fazer uma abordagem do ponto de vista da antropologia simbólica e não da antropologia social e/ou cultural, pois meu interesse passava para os produções de bens simbólicos naquele Terreiro, para, a partir destas observações, dos sistemas representativos dos objetos simbólicos, obter( ou tentar) uma maior compreensão de seus signos e significados e sua relação com as crenças, rituais e cerimônias nesta Nação, abordando seus aspectos simbólicos físicos e sagrados, analisando deste seus significados(naturalmente) até seu processo de confecção e tratamentos de purificação. È pertinente ser dito que devido grande quantidade e diversidade signos e símbolos no Terreiro, abordo neste trabalho, apenas seis.
Foi-me indispensável à leitura do capítulo dois, da segunda parte do livro de François Laplantine, Aprender Antropologia, e alguns textos de Clifford Geertz, pois este acredita (ou acreditava) que a antropologia além de ser uma ciência observatória, devia ser interpretativa.
O candomblé é uma religião de raízes intrínsecas a África, e divide em diversas nações pela sua língua. O terreiro que fiz esta pesquisa é da Nação Ketu, sua língua é a yorubá. Por isto, que em cada Terreiro, ou cada Nação, há significados diferentes de coisas comuns.
No Terreiro Ilê Axé Omo Oyá estive por onze vezes realizando minha pesquisa antropológica onde meus ouvidos se aguçaram assim como todos outros sentidos e minha curiosidade e o fascínio de uma religião tão complexa quanto coerente. A priori, interessava-me em observar os ritos de oferendas, abordando seus significados; em seguida tentei analisar e etnografar o ritual de passagem onde membros desta religião são submetidos ao confinamento, todavia, foi preferível abandonar estes dois aspectos devido a questões doutrinárias e fundamentalistas; fui orientado pelo Pai de Santo a observar outro aspecto do Terreiro. Os fundamentos desta religião são tão complexos quanto restrito aos membros de hierarquia superior. Assim, percebendo se da minha insistência sobre este dois objetos poderia tornar meu trabalho superficial, pois pouca coisa poderia saber, devido a tais circunstâncias, foi mais sensato abordar outro aspecto que não deixa de ser interessante, pois, não foi o próprio “pai da etnografia”, Franz Boas, que disse não haver objeto nobre nem indigno de ser pesquisado?
Os signos e símbolos no terreiro passaram de forma definitiva a ser os meus objetos de pesquisa, porém, tive que fazer uma abordagem do ponto de vista da antropologia simbólica e não da antropologia social e/ou cultural, pois meu interesse passava para os produções de bens simbólicos naquele Terreiro, para, a partir destas observações, dos sistemas representativos dos objetos simbólicos, obter( ou tentar) uma maior compreensão de seus signos e significados e sua relação com as crenças, rituais e cerimônias nesta Nação, abordando seus aspectos simbólicos físicos e sagrados, analisando deste seus significados(naturalmente) até seu processo de confecção e tratamentos de purificação. È pertinente ser dito que devido grande quantidade e diversidade signos e símbolos no Terreiro, abordo neste trabalho, apenas seis.
Foi-me indispensável à leitura do capítulo dois, da segunda parte do livro de François Laplantine, Aprender Antropologia, e alguns textos de Clifford Geertz, pois este acredita (ou acreditava) que a antropologia além de ser uma ciência observatória, devia ser interpretativa.
O candomblé é uma religião de raízes intrínsecas a África, e divide em diversas nações pela sua língua. O terreiro que fiz esta pesquisa é da Nação Ketu, sua língua é a yorubá. Por isto, que em cada Terreiro, ou cada Nação, há significados diferentes de coisas comuns.
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