Ora, não quero aqui fazer um plágio descarado da obra de Descartes, mas, assim como ele, quero mostrar o meu método para o caminho que, creio eu, levará ao conhecimento puro e pleno. Assim como Descartes, não quero ensinar, tampouco aconselho a seguir esse método tão simplista quanto inócuo. Todavia, quero mostrar a forma que encontrei para libertar meu espírito, ou pelo menos tentar libertá-lo.
Primeiramente, nem todos estão aptos para seguir a atividade filosófica; talvez nem eu. Não são todos que colocariam exatamente todo o conhecimento em avaliação. Descartes dizia só acreditar no que primeiramente duvidasse, neste caso, aqui, é o contrário. Não se trata apenas de auto-julgar o que se sabe( ou pensa saber ) mas também saber se já está apto para tal. Isso é um processo bastante “doloroso” que muitos não se submeteriam. Difícil ver aquilo que se imaginava saber descer pelo ralo na ignorância. È desmoronar tudo que se havia construindo através dos pré-conceitos e do conhecimento adquirido pela cultura para reconstruir-lo com os próprios esforços intelectuais.
Devo confessar que ainda estou nos primeiros passos; ainda estou colocando avaliação minhas idéias. Isso tem que ser perene, inclusive. Não se trata de algo sistemático mas é incrível como caímos em pegadinhas; a ignorância pode nos enganar. Pensei que sabia muito, mas sei pouco, muito pouco; talvez nada.
Minhas indagações acerca da existência de deus, que tanto penei em chegar a algum lugar, considero inútil. Convenço-me da inexistência de deus, pelo menos desse deus estabelecido pela cultura que o caracteriza e faz alegorias. Convenço-me de que tudo flui sem interferência celestial. Acredito no homem como configurador da realidade; apenas o homem é responsável pelo seu caminho.O homem é livre para fazer e para escolher o que ser.
Se deslaicizar, ou seja, excluir qualquer interferência divina do meu pensar, considerei um passo importante. Pensar com deus é limitado e talvez medíocre. A crença em deus me deixaria cômodo para buscar o conhecimento, por isso considero-me liberto. Essas questões sobre deus penso que cada um deve fazer da maneira que melhor lhe convir e fazer suas próprias conclusões, mas é preciso ter espírito de luz para não se deixar enganar por pequenas ilusões.
De fato, penso que a atividade filosófica é, ou pode ser um tanto que desesperadora. Quero dizer que, buscar o conhecimento sem saber aonde chegar (e se chegar) pode não ser tão confortável como aceitar os conhecimentos prontos. Penso que filosofia é para poucos pois trilhar um caminho e chegar a verdade e admitir que não pode ter certeza desta verdade não parece ser fácil.Neste sentido, talvez, que se digam que filosofia é inútil.Ora, de que serve a filosofia se não lhe diz ou explica nada? Esse pode ter sido o mal dos céticos ingleses, buscarem na filosofia a verdade absoluta.
Alguns podem achar frustrante seguir a filosofia para não chegar a lugar nenhum, mas penso que podemos ir muito longe com a filosofia, mesmo voltando ao mesmo lugar onde se partiu, mas essa viagem é fascinante e magnífica.
O filósofo não pode ser confundido com um sábio justamente porque esse, o sábio, é aquele que já tem a sabedoria, enquanto o filosofo busca essa sabedoria entendendo lucidamente que não terá essa, bastando apenas desejar-la, buscar-la.
Assim como Platão, penso que o primeiro passo para a filosofia é o admirar-se, espantar-se sobre as coisas que nos cercam, seus valores, sentidos, conteúdos, existência, por isso, exige dedicação e sobriedade para esse longo caminho onde cada um é o sujeito e objeto do seu próprio conhecimento. O princípio primeiro, a arché, do meu pensamento é a de ter plena consciência de não ter certeza de nada. Penso isso ser filosofia.
Primeiramente, nem todos estão aptos para seguir a atividade filosófica; talvez nem eu. Não são todos que colocariam exatamente todo o conhecimento em avaliação. Descartes dizia só acreditar no que primeiramente duvidasse, neste caso, aqui, é o contrário. Não se trata apenas de auto-julgar o que se sabe( ou pensa saber ) mas também saber se já está apto para tal. Isso é um processo bastante “doloroso” que muitos não se submeteriam. Difícil ver aquilo que se imaginava saber descer pelo ralo na ignorância. È desmoronar tudo que se havia construindo através dos pré-conceitos e do conhecimento adquirido pela cultura para reconstruir-lo com os próprios esforços intelectuais.
Devo confessar que ainda estou nos primeiros passos; ainda estou colocando avaliação minhas idéias. Isso tem que ser perene, inclusive. Não se trata de algo sistemático mas é incrível como caímos em pegadinhas; a ignorância pode nos enganar. Pensei que sabia muito, mas sei pouco, muito pouco; talvez nada.
Minhas indagações acerca da existência de deus, que tanto penei em chegar a algum lugar, considero inútil. Convenço-me da inexistência de deus, pelo menos desse deus estabelecido pela cultura que o caracteriza e faz alegorias. Convenço-me de que tudo flui sem interferência celestial. Acredito no homem como configurador da realidade; apenas o homem é responsável pelo seu caminho.O homem é livre para fazer e para escolher o que ser.
Se deslaicizar, ou seja, excluir qualquer interferência divina do meu pensar, considerei um passo importante. Pensar com deus é limitado e talvez medíocre. A crença em deus me deixaria cômodo para buscar o conhecimento, por isso considero-me liberto. Essas questões sobre deus penso que cada um deve fazer da maneira que melhor lhe convir e fazer suas próprias conclusões, mas é preciso ter espírito de luz para não se deixar enganar por pequenas ilusões.
De fato, penso que a atividade filosófica é, ou pode ser um tanto que desesperadora. Quero dizer que, buscar o conhecimento sem saber aonde chegar (e se chegar) pode não ser tão confortável como aceitar os conhecimentos prontos. Penso que filosofia é para poucos pois trilhar um caminho e chegar a verdade e admitir que não pode ter certeza desta verdade não parece ser fácil.Neste sentido, talvez, que se digam que filosofia é inútil.Ora, de que serve a filosofia se não lhe diz ou explica nada? Esse pode ter sido o mal dos céticos ingleses, buscarem na filosofia a verdade absoluta.
Alguns podem achar frustrante seguir a filosofia para não chegar a lugar nenhum, mas penso que podemos ir muito longe com a filosofia, mesmo voltando ao mesmo lugar onde se partiu, mas essa viagem é fascinante e magnífica.
O filósofo não pode ser confundido com um sábio justamente porque esse, o sábio, é aquele que já tem a sabedoria, enquanto o filosofo busca essa sabedoria entendendo lucidamente que não terá essa, bastando apenas desejar-la, buscar-la.
Assim como Platão, penso que o primeiro passo para a filosofia é o admirar-se, espantar-se sobre as coisas que nos cercam, seus valores, sentidos, conteúdos, existência, por isso, exige dedicação e sobriedade para esse longo caminho onde cada um é o sujeito e objeto do seu próprio conhecimento. O princípio primeiro, a arché, do meu pensamento é a de ter plena consciência de não ter certeza de nada. Penso isso ser filosofia.
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