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Raquel de Quiroz inaugura na literatura brasileira, um narrativa de um Brasil pouco - ou nada- encontrado nas linhas e entre linhas de até então. Um Brasil excluído dos enredos de grandes escritores. Um Brasil sertanejo, peculiar e especial sob a ótica e a pena de uma mulhar, nordestina, intelectual e sertaneja. Foi a primeira mulher cronista na impresa brasileira; a única mulher escritora aceita como representante no movimento modernista brasileiro e a primera mulher eleita a ocupar a cadeira imortal da Academia Brasileira de Letras, também denominada de Grande Dama da Literatura Brasileira.
Raquel de Queiroz fixou um marco na história literária e social brasileira. Em seu romance de estréia, O quinze, cuja temática escolhida foi a grande seca que assolou o Ceará de 1915, sua prosa regionalista retrata, numa linguagem enxuta e expressiva, o nordeste brasileiro, onde consegue amalgamar a preocupação social à preucupação com traços psicológicos dos personagens, inaugurando no Brasil a vanguarda do romance sertanejo, que trouxe para nossa literatura um olhar sobre o Brasil, através de sua sensibilidade de mulher sertaneja, tornando-se a primeira porta voz do sertanejo em nossa literatura, mostrando sua preocupação com a temática social e política, como escritora nacionalista.
A importância e contribuição dessa escritora cearense extrapolam o ambiente literário. Nesse, sua importancia se traduz como pioneira e vanguardista de uma nova literatura, para formação das narrativas sobre o Brasil. Narrativas, cuja estética e valores tem no homem nordestino e sertanejo, novos significados e interpretações, revelando sua cultura, agruras e toda problemática que cerca o homem do sertão do nordeste brasileiro.
No campo sociológico, sua importancia não é menos relevante, pois contribuiu no sentido de resistir e enfrentar as disposições canônicas e a dominação masculina na literatura brasileira, onde a mulher praticamente esteve ausente, abrindo campo para atuação feminina em novos espaços de atuação no cenário intelectual do país, numa construção das relações sociais e de gênero.
Raquel não foi apenas uma escritora; foi uma escritora de vanguarda no movimento modernista brasileiro e pioneira na literatura regionalista sertaneja. Sua importância na literatura brasileira é incomensurável, por sua autenticidade e ineditismo na forma de escrever o Brasil desde então, estabelecendo um limiar na história literária nacional. Trata-se de uma eminente escritora, professora, cronista, poeta, romancista, jornalista e teatróloga, cuja importância será lembrada nos próximos séculos ao se discutir literatura de vanguarda, ruptura de padrões masculinos e, principalmente, o sertão do nordeste brasileiro. Talveaz as palavras que melhor traduzam a importância de Raquel sejam de Carlos Heitor Cony:" a literatura regional nasceu com Raquel de Queiroz, sozinha, sem padrinhos, no serão do Ceará".
Um comentário:
Parabéns!!!, um dos seus muitos admiradores...,
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