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Com a expansão das faculdades privadas, a academia passou a despertar o interesse de profissionais que viam na docência um mercado promissor. Fazer um mestrado tornou-se um passaporte para dar aula nas faculdades, mesmo para os recém-formados e com pouca experiência na pratica jornalística. Desta forma é comum ver professores na casa dos vinte e poucos anos, com muita teoria e pouca experiência a ensinar, mas com seu titulo de mestre. Já tive professores de 24 e 27 anos. Em Portugal o sindicato dos jornalistas já propôs que qualquer jornalista com dez anos de experiência teria acesso direto ao grau acadêmico de mestrado.
Acredito também que um jornalista com dez anos de carreira e sem mestrado tem muito mais a ensinar que aquele com dois de experiência e um titulo de mestre. A conseqüência da falta de longa e ampla experiência dos docentes,( claro que nem todos) deixa o ensino do jornalismo com teoria exacerbada; em sala quase não se nota competências e habilidades individuais, pois os discentes ficam sentados ouvindo os grande detentores da sabedoria, num método ultrapassado e ineficiente, principalmente no curso de jornalismo. Desta forma o excesso de teoria e a pouca prática tende a deixar o jornalismo (e o jornalista mecânico), robotizado e com grande dificuldade na hora de exercer a profissão na pratica real.
Como estudante de jornalismo, passei por três faculdades privadas em Salvador e a realidade não se diferencia muito uma da outra. Acredito que a teoria é importante para entender o fundamento, a técnica e a ética jornalística, mas a práxis deve ser priorizada.
Na França, depois de institucionalizar o ensino do jornalismo, defrontavam-se duas opções pedagógicas: os defensores de uma formação profissionalizante instituindo nas aprendizagens técnicas, e os partidários de uma formação intelectual. Acredito que as duas diretrizes devem ser incorporada uma a outra, mas a formação intelectual deve ser priorizada, privilegiando o empírico, mas sem desprezar o teórico. Acredito que o jornalismo se aprende na pratica , nas redações e nas ruas, onde estão os verdadeiros professores.
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