sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Ele quer(sonha) ser doutor

Na semana passada fiz o vestibular da Ufba.Fiz de ousado mesmo, e sem as cotas.
Encontrei um conhecido no ônibus, que também ia fazer a tal prova, e iria prestar para medicina; aí eu disse:ousado você!
Não querendo subestimar ele, mas, convenhamos, que não é para qualquer um, neste país, ingressar na faculdade de medicina, principalmente os egressos de escola publica.Foi-se o tempo, do aluno da rede publica, ingressar nas universidades federais.Hoje só a cria da burguesia pode ter esse privilegio.Entre num consultório e veja a cara e os sobrenomes dos “doutores”.
Um país desgraçado, onde a população e marginalizada e obrigada acordar de madrugada para ver se consegue um senha, para uma consulta, ou se marca uma cirurgia, da mãe ou do marido, com pé na cova, mas a cirurgia foi marcada para seis meses depois e ainda vai pagar o enestesista.
Neste contexto um cidadão comum, oriundo de escola publica, e sem regalias financeiras, alimenta um sonho de ser médico, mas o Estado renega e aborta a possibilidade dele se diplomar doutor, pois essa titulação acadêmica não confere a ele e sim aos poderosos desta pátria que deixa órfãos seus filhos.

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