segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A liberdade humana de Sartre

O homem nasce um nada, é antes de tudo um projeto do seu futuro. O homem existe e depois se faz o que é e o que quer ser. O próprio homem se define o que é e quando se define, define a humanidade e o próprio gênero humano, pois é o que julga ser o homem e a humanidade.

Jean Paul Sartre define o homem ativo no seu próprio caminho e essência, o ser-em-si de Sartre existe primeiro para posteriormente definir sua essência, ou seja, o homem é o que se cria, o que faz de si mesmo, não existiria algo (deus) que concebesse sua natureza e/ou essência, por isso Sartre nega concepções sobre a natureza humana e enfatiza que a existência precede a essência. O próprio homem escolhe sua natureza e sua essência.

Sartre conceitua o homem como um ser de liberdade plena. Um ser absolutamente responsável por si e por seus atos. Para Sartre o homem utiliza da má-fé para justificar o que é a fatores externos, deterministas e hereditários. Não poderia encontrar em outro lugar, que não em si mesmo, o que é; não poderia absorver certos valores justificando imposição social.

Sartre defende veementemente a liberdade humana. Para o filósofo e dramaturgo francês, autor de O Ser e o Nada, o homem é definitivamente livre para fazer todas suas escolhas, não haveria deus nem fatores externos que o faça o que é, exceto ele mesmo. Daí que Sartre fala do desamparo, pois não há alguém que o livre desta liberdade individual. O ser humano é o que quer ser.

O existencialismo sartreano é extremamente angustiante como o próprio filósofo escreve em seu texto O existencialismo é um humanismo, ao qual é esta angustia que levaria o homem ao desamparo, pois o homem seria livre para fazer suas escolhas. Não existiria nada que o determine, cada ser que determina seus caminhos e suas escolhas. È livre para decidir sozinho absolutamente tudo. Seria livre para interpretar sua realidade, o que seria certo ou errado, bom ou mal. O homem estaria condenado à liberdade, a angústia de decidir, de escolher. O ser humano estar o tempo todo fazendo escolhas e não há ninguém que decida por e para ele, é ele quem decide sobre si, este decidir, para Sartre, é a angústia do homem, pois mesmo não escolhendo algo já é uma escolha.

O homem é um conjunto de seus atos e de seus empreendimentos, assim o homem só pode contar com ele mesmo para suas realizações é isto que Sartre denomina de desespero. O homem vendo que só ele pode escolher e realizar seus desígnios, não havendo ninguém para influenciá-lo, ou seja, cada ser estar e é auto-realizável e o desespero é saber que ninguém veio ao mundo realizar os “ sonhos” de ninguém, cada um estar apenas em busca de suas próprias realizações e nada mais.

4 comentários:

Na disse...

voce poderia me explicar a frase ''meu ser passado é o Em-si e possui uma essencia conhecida,porém,não é predeterminada'' . gostei do texto :)

Anônimo disse...

Pode dizer que vc é? add no msn: renandeoliver@hotmail.com

Unknown disse...

Muito bom gostei, pra me ficou de forma clara o que Sartre defende é quer passar.

Unknown disse...

Muito bom