quinta-feira, 11 de junho de 2009

A leitura para frustrados e fracassados

A fragilidade no sistema educacional atrelada a uma sociedade de consumo excessivo, onde a tecnologia de informação invade o cotidiano das pessoas, demonstra o baixo índice de leitura dos brasileiros e mesmo o que lêem, geralmente, está simplesmente consumindo o que o mercado impõe, o beste seler, o que todo mundo está lendo e que logo virará um longa-metragem

Nessa perspectiva, o mercado editorial encontrou uma formula mágica para minimizar suas perdas financeiras dos últimos anos. Devido à vida agitada de uma sociedade complexa, que as pessoas estão cada vez mais individualistas, os livros de auto-ajuda surgem como milagre, onde criaturas frustradas e infelizes vêem na forma fácil, simples e barata o método mais rápido para superar seus fracassos pessoais e profissionais.

Sob a égide do corporativismo capitalista, esse mercado vem fazendo da “literatura” apenas um produto comercial, onde a “arte” é simplesmente trocada pelos lucros, onde as produções intelectuais estão a favor de grandes empresas que vêem nesse caminho um paraíso de dinheiro.

Os livros de auto-ajuda é um método tão simples quanto ineficaz de procurar soluções instantâneas para problemas às vezes inexistentes, ou para tentar resolver problemas complexos que requer ajuda de um profissional e individual; esses livros por vezes, parecem ter a pretensão de diagnosticar, tratar e curar os problemas alheios, numa espécie de auto-consulta, auto-diagnóstico e auto-tratamento.

Nos últimos anos o aumento desse gênero cresceu de forma acelerada revelando a falta de rumo e sentido que as pessoas têm em dar em suas insípidas vidas.

A vida corrida, onde tudo tem que ser rápido e prático, que tempo é dinheiro, as pessoas vão a busca imediata para sua vida cada vez mais em colapso e caos. O mundo pós-moderno de pura ilusão e mentiras, de valores deturpados onde a vida pelo consumo exacerbado e imediatismo prepondera, que o entretenimento é mais valorizado que o conhecimento, é natural que existam pessoas cada vez mais ávidas para solucionar seus problemas deixando de lado problemas sociais em busca de soluções emergentes individuais.

Os livros desse gênero são considerados de literatura fútil onde os autores cada vez mais ganham dinheiro escrevendo como se as pessoas e seus problemas fossem todos iguais, com se o mundo fosse a fábrica da Mattel que vivessem bonecos em series, onde todos fossem iguais e eles fabricam o manual de instrução para quando esse derem um piff e reativado ao seu pleno estado normal. Normal?

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