quarta-feira, 22 de junho de 2011

Jornalismo na Internet: guia prático para ciberjornalista


Os avanços cada vez mais velozes no campo da tecnologia da comunicação exigem um jornalista capaz de avançar seus domínios, nesta área, na mesma velocidade em que outras mídias e diferentes ferramentas emergem. Nos últimos anos, principalmente quando da abertura comercial da internet, o conceito de jornalismo multimídia vem sendo discutido com frequência, e ninguém mais discute a importância deste profissional lidar com novas plataformas de comunicação; a internet e as redes sociais deixaram claro o quanto esse domínio não apenas é importante, como imprescindível.

Neste contexto surge o Jornalismo na Internet (ed. Summus, 246 págs.), de J.B. Pinho, para estudantes e profissionais de jornalismo interessados em aprender princípios e técnicas básicas para a mídia revolucionária, que é a Web. Trata-se de um guia prático para aqueles que desejam entender a internet e a Web como mídia de comunicação, e nela desenvolver seu trabalho com eficiência e autonomia.

O Jornalismo na Internet pode ser óbvio para uns e didático para outros, na medida em que o autor traça nas primeiras sessenta páginas do livro, um apanhado histórico do computador, desde os experimentos norte-americanos, bélicos e acadêmicos, passando pelo desenvolvimento e o avanço da Arpanet, até desbancar na mais interessante parte da internet, que é a Web, a famosa WWW. J.B. Pinho traça um cronograma dos principais avanços da informática, inclusive conceituando termos comuns, como HTML, HTTP e URL.  Para os que já estão acostumados e familiarizados com essas ferramentas tecnológicas comunicacionais, o livro pode ser um tédio; o autor explica o que é internet e suas ferramentas como se fosse para alguém que nunca viu um computador na vida. Lá é explicado até como anexar um arquivo num e-mail. Por outro lado, o livro pode ser, ainda que no início, muito prazeroso para os jornalistas mais velhos e com formação mais tradicional, que vão buscar reciclar-se. Porém, é bom não esperar conceitos jornalísticos complexos e surpreendentes, até por que falta autonomia para J.B. Pinho: ele é formando em Publicidade e Propaganda.

O livro começa a ter cara de assunto para jornalista quase na página cem. É aí que o autor começa a falar sobre a linguagem jornalística para a internet. Primeiro enumera algumas características da Web, diferenciando-a de outras mídias, que são fisiologia, não-linearidade, instantaneidade, dirigibilidade, qualificação, custos de produção, interatividade e pessoalidade. O autor bate na tecla diversas vezes, dizendo que o texto jornalístico para a Web deve ser cinquenta por cento mais curto que o do papel. Isso se deve, segundo ele, pela ainda não cultura de se ler pela internet, aliado a dificuldade fisiológica, que é a tela do computador para leitura, somando-se a isso a hiperatividade do internauta, que facilmente poderá encontrar outro canal para se informar caso não o interesse o que lê. Para que isso não aconteça ele dá uma dica: títulos de até 160 caracteres, a fim de ser mais prático nos mecanismo de busca, como o Google.

Para finalizar J.B. Pinho também explica a importância de um bom planejamento gráfico para sites jornalísticos. Segundo ele, os valores estratégicos de um portal noticioso são a identidade, impacto, audiência e competividade. Na fase do processo criativo, na elaboração do próprio portal, não pode faltar expansão, contração e pré-produção. E aqueles que estão pensando em montar um sítio na internet, as dicas do autor são: planejamento, designer, implementação, teste e suporte.

Aos que o livro possa interessar, ele pode ser encontrado nas livrarias físicas e virtuais a preço médio de R$ 30,00.

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