sexta-feira, 1 de julho de 2011

Semiótica: a ciência dos signos


O homem é um ser histórico-social, assim o é caracterizado pois é o único ser vivo que possui cultura; e só a possui pois foi capaz de criar linguagens para comunicar, socializar, compreender, relacionar etc. Sem a linguagem o homem não adquiriria cultura e não seria esse homem tal como entendemos.

A semiótica, disciplina que teve sua origem no século XIX, tem a linguagem como objeto de investigação. Toda produção humana estruturada numa complexidade lógica para comunicação é interesse desta ciência. Ela estuda os signos que são, digamos, representações de alguma coisa, ou como conceitua Piece, o signo é uma coisa que quer dizer outra coisa ou, como outro autor sugere, o signo é aquilo que está presente no lugar daquilo que está ausente.

Os signos são representações, estão ali para representar algo/ como o mofo em um pão, que significa que o produto está estragado, que não deve ser ingerido. Os signos, segundo a visão de Piece, se classificam em ícone, índice e símbolo, cujo primeiro é a relação de uma semelhança entre o signo e o referente; o índice é a relação direta entre signo e seu referente, e símbolo é a relação convencional entre eles.

A semiótica emergiu dentro do campo do saber humano num mesmo período, mas em lugares distintos. Nos Estados Unidos  surge com o filósofo-lógico Piece que estabelece uma relação trial com os signos: primeiridade, secundindade e terceiridade; a primeiridade seria o olhar do interpretante sobre os signos; a secundidade sua capacidade de relacionar, e a terceiridade seu conceito.

Na Europa ocidental foi o pai da lingüística moderna, Saussure, que pensava os signos numa perspectiva mais restrita, através do próprio campo da lingüística, ou seja, os signos são entendidos pelo sistema lingüístico. Saussure, ao contrário de Piece, estabelece uma relação dual como signo: significante-significado.

Já na Rússia revolucionária os experimentos científicos levaram, na mesma época de Piece e Saussure, a entender a relação dos signos na vida social, ou seja, os signos e as relações e as produções culturais. Einstein, um cineasta russo, procurou entender a lógica dos signos nas linguagens artísticas através do cinema, teatro, literatura, dentro de um movimento chamado poética russa, apoiado no estruturalismo lingüístico, todavia faltou um corpo teórico-cientifico na semiótica soviética. Assim. A semiótica estuda signos, entendendo seus significados, o significado da humanidade e suas produções diversas.

Nenhum comentário: