Migração desordenada

No mundo "pós-moderno" que vivemos, a versatilidade é primordial para o sucesso profissional. Pois bem, parece que é isso que está acontecendo com a classe artística, em particular na música brasileira.
De uns anos para cá, tornou-se comum, cantores e cantores trocarem,mesmo que parcialmente, os palcos pela telinha.Talvez com o advento da pirataria, o circulo fechou para essa classe e bom ter um rendinha extra.
A novela Bang-Bang é prova do que falo, armou um elenco quase que musical:Paulo Miklos dos Titãs, que já havia feito o filme O invasor, Luiz Melodia, que aliás era melhor nem ter aceito o papel, Sidnei Magal, que parece que abandonou os palcos de vez, e a que se diz "multi-talentosa" Baby.A novela Esperança trouxe também o ex-RPM, Paulo Ricardo contracenando com Priscila Fantini.
Há alguns anos chegou a se comentar que Ivete Sangalo entraria no elenco da novela O clone, mas não rolou.
Atualmente uma novela da Record tem em seu elenco Tony Garrido do cidade negra, que fez Orfeu, em 1998, Fafá de Belém, e a também "multi-talentosa" a ex-publicitária Preta Gil; outro também multitalento, o Supla, fez uma participação em Um anjo Caiu do Céu.Sem falar na duplinha Sandy e Junior que protagonizaram em Estrela Guia.Desses só Fabio Jr. vingou em ambas as carreias, embora afastando um tempinho da tela.Essa crise de rotatividade da pós-modernidade será que por causa do desemprego? da crise fonográfica/cultural no Brasil? Ou será que é só para fazer um merchandising e se popularizar?Ou quem sabe um truque de marketing da gravadoras, não duvido nada. Não entendo de novela ou se ator e bom ou não, mas acho que posso afirmar que é bom cada um voltar pro seu devido lugar, exceto os multi-talentos.