quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Confusão
Os merdas dos estadunidenses ainda acreditam que são o mais civilizados do mundo; outros são mais modestos, acreditam ser do ocidente.
Acusam o presidente do Irã de tentar matar a humanidade como a bomba atômica; os Estudos Unidos acha isso um perigo; eles ainda acreditam que só eles podem ter a tal bomba, que acabaria com a humanidade num querer. Apenas eles, civilizadamente competentes e responsáveis, podem tê-la. Na realidade os Estados Unidos morrem de medo de começar o extermínio por eles; e sabemos que se isso podem vir de qualquer lugar; até do céu.
Todavia esquecem que foram eles que rumaram a tal bomba no Japão; eles dizem que foi brincadeirinha; hoje se sentem envergonhados tão quanto os alemães no episódio lastimoso da nossa história recente, aliás muito recente. As ditaduras nas américas; as guerras cambiais; as especulações transnacionais; as madeiras ilegais; as clichês informais; os amores letais; as armas banais; os crimes fatais; os abusos morais. Tudo isso me confunde.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O setor de comunicação precisa de regulação prementemente
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
A imprensa e a cobertura 'política'
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O(s) cerceador(es) da liberdade de imprensa
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Um real por click e Dilma elege-se em 1° turno
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
O presente mal entendido
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Verde-cento: a previsão de Elis
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Casamento homossexual: Argentina decide legalizar
sábado, 10 de julho de 2010
O mito de Homero e o nascimento da filosofia
O poeta Homero, em A Odisséia, narra a jornada do herói Odisseu em sua provações para o retorno de sua pátria, Ítaca, depois da guerra contra os troianos. Odisseu, homem inteligente, arguto, forte e de perene coragem é posto em situações intensas a qual sua coragem se impõe nessas provações.
A relação dos deuses com o herói é caracterizada por um fato peculiar: a maneira que esses deuses se mostram e se aproximam dos mortais acontece não de forma sobrenatual, mas, ao contrário, de forma bastante natural, através da propria natureza, demostrando a essência natural dos imortais.
A linguagem rica semanticamente, simbólica, metafórica nos coloca numa atmosfera sublime ao longo da narrativa da jornada do intrépido Odisseu. Curioso e intererrante é a maneira que se mostra aspectos culturais na obra, que, só lembrando, tem cerca de dois milenios e meio.
Porém é muito dificil para o homem contemporâneo alcançar a compreensão em plenitude de Odisséia; a compreensão simbólica, da representatividade que foi a obra e para o posterior surgimento da filosofia; damos importância aos aspectos literário e histórico. Além do mais, a compreensão da palavra "mito" conota algo fantasioso, irreal, lendoso.
A palavra mito vem do grego mythos, que significa contar, narrar, descrever. É preciso entender a obra do poeta Homero no significado grego da palavra, se não correremos risco de não entender a obra por outras dimensões.
Essa difícil compreensão torna-se evidente nos pré-socráticos, ou pensadores originários. O surgimento da filosofia, na região da Jônia, na cidade de Mileto, nos coloca numa dimensão bastante diferente da nossa
realidade, nos deixando, as vezes, confusos na sua interpretação.
Tales, o primeiro filosofo, é também o primeiro a falar da physis, a questionar o principio primeiro que permeia as coisas, o todo. Sua doutrina baseada em que "tudo é água", tudo se origina através da umidade da água, a vida se inicia com a água.
A physis dos originários é o surgimento , a existência, o acontecer, o existir, a totalidade de tudo, a plenitude da existencia, a flôr, a árvore, a água, o pensamento, a idéia, o surgimento, o ar, tudo é physis; o desabrochar do existente e seus desdobramentos.
Já arqué é o princípio que tudo se origina, e tudo que aurge, que nasce, o não estático, o dinâmico, a lei que rege e governa, a base e sustentação para o brotar, o nascer, o surgir. O princípio, a dinamicidade que nasce, lei perene que governa.
Anaximandro vai pensar a arqué da physis como justiça (diké) do cosmo. Anaximenes vai pensar a arqué no ar, em sua rarefação/condensação, no pneuma; "tudo é ar".
Já para Platão é Aristóteles a arqué passa a ser o thaumas; o thaumas é a arqué da filosofia. O thaumas é o espanto, a admiração, a partir do momento que se espanta e se admira com algo, esse espantar-se, admirar-se o conduziria ao exercício da filosofia, a procurar de explicações racionais, explicações cujo o mito não preenche mais as lacunas do questionament, da dúvida, daí as discrepâncias dos conhecimento mítico do conhecimento filosófico; mito não é racional, não é confiável. Mas não podemos esquecer da suma importância do pensamento mítico para o homem grego e para a originação da propria filosofia e as consequencias para toda cultura ocidental.
sábado, 26 de junho de 2010
Somos nós mesmos
Como vou provar a mim mesmo, não há vestígios posteriores que em algum momento beirei o espetáculo da loucura; eu delirei de prazer; eu amei. Os líquidos me escorria, eu lambia; líquidos quantes; líquidos de sal, de som; líquidos seus. Seus. Era eu, era nós, era nós mesmos, era apenas nós, nós, eu, eu, eu, eu; era apenas nós mesmos. Nossa vida, nosso sonho. Era nós. Você era eu, eu era você. Você me representava; você deitava, você amava. Você sou eu. Nós somos nós mesmos. Você é eu. Eu sou você Nós somos nós mesmos. Somos homens.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Manual bla-bla-blá: PubliFolha lança cartilha autoajuda para leigos em jornalismo
O mercado editorial brasileiro passa por uma crise, aliás, duas. A primeira diz respeito à acessibilidade de seus produtos. É inadmissível que os preços dos livros sejam tão elevados. A sociedade brasileira tem uma grande deficiência educacional o que, de fato, ocasiona o baixo índice de leitura. Mas, todavia, esse não e o único motivo. Naturalmente que a questão educacional está ligada diretamente a questão econômica, mas existe uma parte dessa grande maioria, afetada pela deficiência educacional, que tem o hábito da leitura, ou pelo menos uma predisposição, porém quando se defrontam com situação financeira, há uma barreira fria que coloca um limiar entre o que se pode ou não ter acesso.
Pessoas como eu, que tem um regular hábito de leitura, porém devido a questões econômicas, tem um limitado acesso aos livros. Sim, eu estou numa das faculdades mais caras de Salvador, mas eu não sou rico, tampouco membro da classe média, que pelos preços dos livros, parece serem a únicas que podem ter acesso a eles. No Brasil o papel está isento de impostos e produtos culturais têm alguns benéficos fiscais, então por que os livros são tão caros? Será que é para impedir que tenhamos acesso a informação e ao conhecimento? É uma situação tão desconfortante a hora de comprar livros. Tenho que olhar os mais fininhos, os preços são mais acessíveis. Aqueles relativamente grossos eu me abstenho, pois esses sempre passam dos quarenta reais, incompatível com minha situação financeira. Os livros de bolso são um saída, porém são geralmente escritos clássicos de literatura e filosofia, desta forma fica-se limitado a produção intelectual passada, o que é muito importante. Mas é preciso ter acesso as questões contemporâneas, para se ter uma formação mais ampla e distinta, mas como? Os livros das ciências humanas e sociais são um absurdo de caros. Achar um nas casas dos trinta é uma grande promoção
As livrarias também confinadas em chopeim center, revelam sua elitização mais escancarada. Outra questão, também, é o mercado editorial possuído pela indústria cultural. Esses livrinhos de vampirinhos fazendo da literatura sensações do momento evitam outras publicações, talvez até mais interessantes. Isso desencadeia, o que chamo de monotonia editorial, que consiste em publicações de um mesmo seguimento ou gênero, geralmente cópias de beste seler. Assim criam-se febres de literatura do oriente médio, ora de vampiros e, sempre, com os de autoajuda, que são o grande grosso de vendas, pois o país tem muita gente frustrada e fracassada.
No campo mais fechado, área de comunicação/jornalismo as editoras insistem em editar manuais de mesma coisa sobre um campo do jornalismo (rádio, TV, impresso). Desta forma, a cada semestre aparecem nas prateleiras esses novos e velhos manuais de um grande profissional da área, dando as mesmas dicas e truques da técnica jornalística; O que defere esses manuais são apenas a capa, editora e autor, pois o conteúdo é basicamente o mesmo, acrescido me muitos relatos e experiência pessoas, cujos caberiam muitíssimo bem num livro de memórias.
Mais um desses manuais chega às livrarias sem nenhum ineditismo. Trata-se de Jornalismo Diário (PubliFolha), da eminente ex-agrônoma e jornalista do Grupo Folha, Ana Estela de Sousa do Pinto. Na contracapa do livro está: “Jornalismo Diário procura responder aos diversos tipos de questionamento feitos por novos jornalistas”. Novos jornalistas? Será que algum jornalista sai da faculdade sem saber o que é uma pauta e como como fazê-la? Ou que o texto jornalístico deve ser o mais claro e objetivo possível? Qualquer estudante de jornalismo a partir do 6º semestre sabe 90 % do que a autora diz. Talvez a autora quisesse se referir em novos jornalistas aqueles que nunca freqüentaram um curso de comunicação e que agora, com a queda do diploma, resolveram a sorte numa redação qualquer. Ou talvez o livro sirva para aqueles jornalistas ou estudantes de memória muito delével, cujo esquecem muito rápido que devem checar ao máximo qualquer informação, ou que é sempre bom confrontar fontes.
Jornalismo Diário além de não trazer novidade tem um preço bem salgadinho: R$ 49, 90 (Saraiva). O livro não serve para jornalista, pois se pressupõe que saibam de quase tudo que está no livro; tampouco para estudantes, pois esses aprendem com os professores as super dicas de Ana Pinto, iguais tantos autores como Ricardo Noblat e Ricardo Kotcho
Para que esse texto fique mais parecido com uma resenha crítica que um artigo de opinião, terei o enorme trabalho de resenhá-lo de fato, que jornalistas e estudantes de jornalismo podem parar a leitura do parágrafo seguinte, pois não quero que culpem a resenha se o livro resenhado é tudo que já se sabe.
O livro de capa vermelha e quase trezentas e cinquenta páginas e um bom acabamento gráfico possui nove capítulos.
Para Ana Pinto aquele o talento é importantíssimo para que quer praticar a profissão de jornalista, mas isso é em todas as profissões. Todavia talento não basta se o indivíduo não uma carga teórica e prática. A autora traça um perfil de um jornalista que, para ela seria o ideal, possui características quem são: ser culto, inteligente, criativo, curioso, crítico, responsável, persistente, gostar de ler jornais, escrever direito etc. Claro que são coisas meio que óbvias mas valem a dica.
Já no primeiro capítulo Ana Pinto mostra como funciona um grande jornal, sua estrutura, organização e hierarquização e competências. Assim, o pauteiro é “ quem escolhe pela manhã que reportagens serão feitas, organiza o trabalho dos repórteres, encomenda fotos e artes”. O repórter apura o que o pauteiro pediu; o redator faz textos de apoios das reportagens além de poder dá uma corrigida nas reportagens; o chefe de reportagem coordena os repórteres e o editor é quem comanda toda redação, que tamanho uma reportagem terá e qual sua importância no jornal. Até aqui nada que um jornalista ou um estudante não saibam, mas um estudante de jornalismo como eu, se sentiria ofendido se alguém viesse a ensinar ler jornal, ou pelo menos ter o hábito de ler; é que, subentende-se que um estudante leia naturalmente jornais, caso contrário estaria no curso errado. Mas Ana Pinto, no segundo capítulo ensina como babá, aos novos jornalistas a criarem o hábito de lerem jornal. Será que tem algum jornalista, mesmo o mais novos, ou estudantes ainda, que não leiam jornais? Seria como ensinar escritores e leem livros, algo, no mínimo, risível!
Ainda no segundo capítulo têm alguns conselhos para quem entrou ou está prestes a entrar numa redação de um jornal diário. São dicas de como se comportar numa entrevista, o que perguntar, como organizá-la, os equipamento importantes, como fazer para que eles não deem pane e corra tudo certo até a publicação.
“Quem não tem pauta é pautado” é uma máxima que circula nas redações, cujo está no inicio do terceiro capítulo. É que jornalista sem pauta, ou pelo menos sugestão. E para que isso não aconteça à mestra Ana Pinto orienta sobre pautas, desde o que vem a ser uma pauta, até como prepará-las, mostrando onde pode encontrar pautas, e claro, transformar pautas em reportagens. É importante saber o que é noticias, cuja autora explica, muito bem, pois os novos jornalista saíram da faculdade sem saber.
Hierarquizar a informação, prever etapas de apuração e antecipar a edição de todo o material da pauta. É preciso levar em conta que pautas podem surgir do lugar que menos se espera, por isso o instinto de curiosidade, que deve ser intrínseco a todo jornalista/repórter deve ser aguçado.
Uma conversa em casa com a alguém da família, com seu médico, passando pelo cobrador ou pelo vendedor ambulante pode render boas pautas e conseqüentemente boas reportagens; mas antes de sugerir ao editor a pauta é bom responder algumas perguntas : a pauta diz que editoria se destina? Tem um título? Sugere algo inédito? A sugestão tem foco? Respondidas as perguntas à possibilidade de o editor recusar a pauta diminui.
Depois de saber como funciona a redação de um jornal, o que é noticia e como preparar uma pauta, a reportagem, de fato que deve ser feita com todo o suporte técnico do quarto capítulo. Para isso algumas recomendações da autora: “Uma boa reportagem, como uma cadeira, precisa se apoiar em quatro pernas: pesquisa, observação, entrevista, documentação”. seguindo tais orientações é hora de ir à campo. lembrando que uma boa pesquisa é sinal de boa reportagem; a autora faz uma ressalva nessa etapa sobre o uso da internet:” a rede não é imbatível em termos de qualidade de informação
Mas tenha claro que nem sempre é o recurso mais rápido nem sempre se pode confiar no que está lá. A internet é um recurso útil de pesquisa para: achar contato de fontes; achar endereços e mapas; achar personagens; achar especialistas; achar informação oficial [...]”. Desta forma o uso da internet na produção e elaboração da reportagem deve ser usada com parcimônia.
É importante, também, segundo a autora, um exercício de observação, trata-se de um posicionamento crítico sobre tudo e, principalmente, sobre e as fontes para que o repórter não vire um mero reprodutor de discursos.
A entrevista para a reportagem deve também ter uma série de cuidados; por exemplo, é preciso ler sobre o que já saiu sobre o assunto e sobre a fonte; fazer perguntas sempre abertas para que não se obtenha respostas monossilábicas. Até aqui alguma novidade, novos jornalista e estudantes?
Coberturas mais complexas que exige mais do repórter são esplanadas do quinto capítulo. É necessário mais cuidado, por exemplo, em cobrir casos de catástrofes e litígios; no primeiro caso, segundo a autora “ se o assunto nos afeta muito de perto, talvez seja melhor não participar da cobertura ;quanto aos casos judiciais e bom não acusar suspeitos, registrar sempre o outro lado e organiza-se para acompanhar o caso.
A fonte como sabemos é algo precioso na hora da reportagem, por isso importante o repórter cativar suas fontes e é sobre isso que fala o sexto capitulo. Por exemplo, ligar para as fontes pelo menos uma vez por mês, sem compromisso de entrevista-las, pode criar uma relação mais próxima para que essas, quando souber de algo importante, ligue imediatamente.
O sétimo capitulo (o texto jornalístico) trata como é a estrutura do texto, o lide, a importância do bom título, dos períodos curtos, das frase claras e das declarações objetiva e, claro, da concisão. Algum “jornalista novo” não sabe disso?
Os dois últimos capítulos dizem respeito a importância de aproveitar bem faculdade, lendo muito e tentando descobrir o que mais gosta em jornalismo e t já, digamos, se especializando.
Portanto, Jornalismo Diário não traz nada que acrescenta os jornalista, ao novo jornalista ou até mesmo ao estudante, pois trata de coisa obvias da profissão. Certamente o professor que indica ao aluno tal livro comete um equívoco, pois quando, na orelha do livro diz que o livro é para “novos jornalistas” o editor quis dizer aqueles que não têm formação em comunicação e que querem entrar na área sem o diploma, afinal o livro pretende ser uma extensão do treinamento folha de jornalismo, cujo nunca foi exigido o diploma de jornalista para participar. A esses sim, o livro tem muita utilidade.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
As aparências não enganam
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAXKobajnRbhs5ATyIahN4auM4VeSIUaOauUp0QcncmDG5KDSr577y3123uudq3vEXI5UBREOFQs4Z-zClEKnp7vY87NxfEaeDsFJAirhQLur2C3W6uRhZCFuQWEjuQtteWuqc8YVXbYs/s320/cyclonepullover.jpg)
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O processo anticivizatório
São prédios e mais prédios de geometrias plurais, onde homens se empenham para o quanto antes seus donos poderem adentrar com suas ideologias singulares, em seus veículos com nomes estrangeiros, nos seus condomínios de nomes estrangeiros, para seus mundos de alienígenas estrangeiros, cujo pode ser comprando por fortunas a metros quadrados. Afinal esse mundo construído com cimento e medo, é uma tentativa pífia de reproduzir sociedades longínquas, com outra cultura e outros contextos. Trata-se de uma nova e velha forma de ordenar os espaços urbanos com a propósito de ficar cada um no seu quadrado e cada um no seu mundo, como micro-sociedades distintas.
Pastilhas de vidro, porcelanato importado revestem o cinza frio do cimento na cidade das discrepâncias. Os muros antes invisíveis, porem visíveis, sitiam um novo mundo, porém velho. A esses mundos verticais, que ficam mais próximos do céu que da terra, batizam-nos, por exemplo, de Downtown, Le Parc, Mahatan, Especialle, Greenville; uma tentativa clara de importar para reproduzir uma sociedade estrangeira, talvez uma Miami da vida. Os sobrenomes desses esconderijos dos endinheirados são residence club, club private ou coisa parecida. A intenção também é além de outras, a exclusão lingüística para que o outro, aquele do outro lado do muro, que mal sabe seu português, não decodifique significados, dando a impressão de mais exclusividade.
Essas mansões que se destacam por mil e uma variedades de lazer e gozo pleno, tudo sem sair do lugar, para que se possa ficar o máximo de tempo trancado em sua limitação geográfica e ideológica, numa espécie de unidade carcerária de gente rica, cujo crime deve ter sido a omissão dos problemas sociais típico dessa elite historicamente estúpida. O world private dos barões que desfilam em Hilux, Civic, Tucson e similares, desejam sair menos as ruas, no outro mundo, para não se expor as mazeles urbanas e o caos da grande cidade soteropolitana. Essa gente também não gosta de ver o outro que pode levantar a mão ou para pedir ou para tomar o que eles demasiadamente têm em excesso.
Darcy Ribeiro, em O processo civilizatório, analisou a evolução das sociedade humanas na America Latina. Para o antropólogo brasileiro, um dos aspectos da civilização é a interação social e a troca de signos e valores de forma indistinta. Indo no pensamento de Ribeiro, vejo uma ação contrária, um processo anticivizatório. O individuo se enclausurando num espaço onde ele trabalha, dorme e se diverte sem por o pé na rua, pois o perigo é iminente e sua capacidade de enxergar além disso é inconveniente
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Entre a teoria e a práxis no ensino do jornalismo
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEineUV-i3UcKQYzwXaHJjFhvhzb_VtXD9zTrvwghVqI-w0q6jphvGybQQkHh2AqQPK2hn2-KfXXI5K-nlbfDBWfB3XUfP9EHNItDTW1LKNL0USy-UyAsyvdgKsW8d8NtdDwhrvQAMoS8kI/s320/teorias.jpg)
Com a expansão das faculdades privadas, a academia passou a despertar o interesse de profissionais que viam na docência um mercado promissor. Fazer um mestrado tornou-se um passaporte para dar aula nas faculdades, mesmo para os recém-formados e com pouca experiência na pratica jornalística. Desta forma é comum ver professores na casa dos vinte e poucos anos, com muita teoria e pouca experiência a ensinar, mas com seu titulo de mestre. Já tive professores de 24 e 27 anos. Em Portugal o sindicato dos jornalistas já propôs que qualquer jornalista com dez anos de experiência teria acesso direto ao grau acadêmico de mestrado.
Acredito também que um jornalista com dez anos de carreira e sem mestrado tem muito mais a ensinar que aquele com dois de experiência e um titulo de mestre. A conseqüência da falta de longa e ampla experiência dos docentes,( claro que nem todos) deixa o ensino do jornalismo com teoria exacerbada; em sala quase não se nota competências e habilidades individuais, pois os discentes ficam sentados ouvindo os grande detentores da sabedoria, num método ultrapassado e ineficiente, principalmente no curso de jornalismo. Desta forma o excesso de teoria e a pouca prática tende a deixar o jornalismo (e o jornalista mecânico), robotizado e com grande dificuldade na hora de exercer a profissão na pratica real.
Como estudante de jornalismo, passei por três faculdades privadas em Salvador e a realidade não se diferencia muito uma da outra. Acredito que a teoria é importante para entender o fundamento, a técnica e a ética jornalística, mas a práxis deve ser priorizada.
Na França, depois de institucionalizar o ensino do jornalismo, defrontavam-se duas opções pedagógicas: os defensores de uma formação profissionalizante instituindo nas aprendizagens técnicas, e os partidários de uma formação intelectual. Acredito que as duas diretrizes devem ser incorporada uma a outra, mas a formação intelectual deve ser priorizada, privilegiando o empírico, mas sem desprezar o teórico. Acredito que o jornalismo se aprende na pratica , nas redações e nas ruas, onde estão os verdadeiros professores.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Raquel de Queiroz: Expoente da literatura sertaneja e das novas narrativas do Brasil
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